Em uma crise severa como esta, causada pela pandemia do coronavírus, foi necessário que muitos gestores reinventassem suas empresas. Alguns, rapidamente conseguiram "virar a chave" e em poucos dias já estavam funcionando, guardadas as limitações do isolamento social. Mas para muitos ramos, não houveram "boas ideias" ou "grande criatividade" que evitassem que seus negócios fossem muito afetados pela natureza do negócio em si, por exemplo: agências de viagem, aviação, bares, shoppings dentre outros. Nestes casos, a demanda caiu verticalmente, não havendo receitas e somente despesas, muitas empresas fecharam.
Boa parte das empresas brasileiras, não possuem capital de giro com grande folga. Em paralelo, também nunca se preocuparam em realizar uma gestão austera em suas operações e finanças. Tentando minimizar parte do problema, o Governo Federal lançou linhas de financiamento à médio prazo e com carência para o início dos pagamentos. Trabalhando há mais de 25 anos como Consultor Empresarial, nunca assisti tamanha crise, com consequências muitas vezes catastróficas na vida das empresas e consequentemente das pessoas envolvidas.
Se a "torneira que entra água" (vendas) não está jorrando, faz-se ainda mais necessário, controlarmos a "torneira que sai água" (despesas), com controles austeros. Paralelamente você precisa estudar cada operação de sua empresa, tentando fazer mais, em menos tempo, com menos recursos e se possível melhorar a qualidade. Isto automaticamente irá melhorar suas margens de lucro.
Uma "tomografia" em toda a empresa, identificando pontos a serem melhorados, custos a serem reduzidos, receitas alternativas como fonte extra de renda, capacitação de sua equipe, enfim: é necessário repensar a empresa como um todo.
Pensemos numa indústria desde a entrada de um pedido de vendas, a compra de matérias primas, a produção, a entrega (transporte), o recebimento das duplicatas, a recompra por parte do cliente. Você tem medido o quanto "aquele pedido" te deixou de lucro ? Isto também vale para o comércio e para a prestação de serviços:
Posso colocar R$ 110.000,00 de produtos nas mãos do Vendedor A, que me deixa R$ 10.000,00 de lucro líquido, com prazo médio de recebimento de 60 dias, inadimplência de 4%, perdas (não recebíveis) de 0,5%.
Então coloco R$ 100.000,00 de produtos nas mãos do Vendedor B, que me deixa R$ 8.500,00 de lucro líquido, com prazo médio de recebimento de 15 dias, inadimplência de 1% e ZERO de perdas (só vende para quem paga).
Qual a melhor performance: Vendedor A ou Vendedor B ?
Este raciocínio vale para os Clientes e estende-se à cada produto da empresa: qual cliente, qual produto, me deixa maior margem, menor prazo médio de recebimento, menor inadimplência e perdas próximo de zero ?
Muitas vezes, fazemos uma venda à um único cliente, que representa 30% do faturamento da empresa, ficamos muito contentes, mas não medimos os parâmetros acima descritos e ao longo do tempo não entendemos porque o caixa está baixo, porque o capital de giro sumiu.
Algumas empresas estão batendo recordes de vendas ! Estão felizes, pois seus empreendimentos estão em linha com aquilo que está sendo consumido neste momento. Exemplo: móveis, material de construção, pet (alimentos e embelezamento), equipamentos médicos, dentre outros. A pergunta: estão produzindo e entregando dentro do menor custo, menor tempo, melhor qualidade e auferindo melhores margens de lucro ? Ou somente estão "aproveitando a boa maré" ?
Consultores especializados e com anos de experiência, dispõem das ferramentas certas para colocarem sua empresa nos trilhos. Este profissional não representará um "aumento em suas despesas". Dedique-se ao seu negócio e deixe para que cada profissional cuide da área para a qual se preparou por anos. Se você tem uma doença séria, procure um médico especialista e experiente no assunto, no lugar de ficar se auto medicando. Assim, faça o mesmo com sua empresa e colha os melhores resultados.